Páginas

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A diferença entre Dilma e Serra.

Não sei realmente se esse texto é assinado pelo Pedro Bail. Acho mesmo que não. Mas não me importa a autoria, achei um ótimo texto para refletirmos uma época fundamental do nosso país e o papel dos nossos candidatos neste cenário. Um abraço...boa leitura!


O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que “um filho seu
não foge à luta”. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964,
quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos
golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas,
muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento
histórico brasileiro, “colocaram o rabinho entre as pernas” e foram para o
Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante
longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas
belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende
Serra, chilena.
Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso
Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram
prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje,
possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa.
Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e
da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que
informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.
Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por
estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para
definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto
covardes!


Pedro Bial, jornalista

sábado, 3 de julho de 2010

Brasileira, com orgulho

E acabou! Perdemos a Copa de 2010. Agora todos tiramos as bandeirinhas das ruas, das janelas, dos carros. As vuvuzelas vão para o lixo, ou para o depósito. As camisetas do Brasil vão para o fundo da gaveta ou viram pijamas.
Sobre a derrota, temos muitos culpados. A nossa especialidade é apontar com precisão onde foi o erro crucial. Dunga, que não escalou certo a seleção? A Globo, que foi anti-Dunga? Kaká, que mostrou o lado badboy? Tem tantas alternativas. Tem gente até falando que a culpa foi do Lula e do Mick Jagger.
Amanhã é outro dia e a impressão será que tudo voltou ao normal. Trânsito normal, trabalho normal, a vida continua; e parece que será em preto e branco novamente. Impulsionados pela rotina cada vez mais massacrante, algusn irão acompanhar os jogos. Uns torcerão para a Argentina perder, outros para ganhar, outros ainda preferem a Alemanha, gurus apostam em Gana. Eu, sinceramente, prefiro que a Holanda leve até o fim. Mas a maioria mesmo nem vai ligar mais para a Copa. A vida passa,um dia se ganha, outro perde.
O que mais lamento nessa história toda é o patriotismo, que foi embora junto com a tão falada jabulani, quando entrou pela segunda vez na rede brasileira. Alguns choraram, outros dizem que já sabiam, tem até e-mail circulando que isso tudo já estava acordado entre os patrocinadores. Mas o gosto do brasileiro pelo Brasil parece que só vai reaparecer de novo em 2014, na nossa Copa. Lamento isso!
Sinceramente, o que mais gostei na Copa foi o sentimento de irmandade que criamos uns com os outros. O fato do mundo dirigir os olhos para a África, me emocionou bastante também. Nos aproximamos mais. Aqui mesmo, entre os vizinhos do prédio, falava com muitas pessoas que mal cumprimentava no dia-a-dia. Nas ruas, ao ver alguém com bandeira, ao buinar, recebia um aceno, um grito, um sorriso. Acreditar no Brasil é uma sensção muito gostosa. E não deveria ser só na Copa. Temos tanto para acreditar. Temos outros esportes, temos um histórico de crescimento, temos brasileiros fantásticos, um povo lindo, acolhedor, companheiro e que não desiste. Porque não nos orgulhar disso? Porque não amar nosso País, que é penta?
Amanhã vou sair com minha camiseta verde-amarela só pra ver o que vai dar. Provavelmente não receberei os acenos de volta ao buzinar. Pelo contrário, alguém até deve me xingar pelo estresse no trânsito. Vou rir e pensar: ei, meu chapa...estamos no mesmo time; mas se você preferir, nos vemos de novo em 2014! Até lá...