Páginas

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Criança: futuro do país


Independente do resultado que irá desvendar o mistério da recém-nascida jogada no lixo de um banheiro num grande supermercado em Joinville, há de se fazer uma reflexão sobre a violência infantil na cidade e no Brasil. Nesta semana outros dois casos surpreenderam o país. Em plena semana de Páscoa, onde mensagens de solidariedade e carinho são transmitidas quase que automaticamente, uma mulher abandonou um bebê na caçamba de lixo, em São Paulo. A criança foi encontrada ainda com vida e e está numa UTI. Em Carazinho (RS), um recém-nascido, ainda com a placenta e o cordão umbilical, foi abandonado na madrugada de sexta-feira O bebê foi deixado em um terreno baldio durante a madrugada. A criança apresentou quadro de hipotermia e insuficiência respiratória e também está na UTI.

Há menos de um mês, o Brasil ficou chocado com o massacre de Realengo, onde um jovem matou a queima-roupa 11 crianças e adolescentes. O caso, ainda sem explicação, aumenta significativamente os índices de violêcia infantil e e marca um amargo recorde no país.

Os números não param por aí. Segundo dados do diagnóstico realizado pelo Conselho da Criança e do Adolescente de Joinville, 246 casos de violência física contra pessoas de 0 a 17 anos foram registrados no último ano. Somados aos 222 casos de violência psicológica e 97 de violência sexual, temos um resultado que surpreende até os mais leigos no assunto.

É uma triste realidade que a sociedade deve enfrentar com olhos bem abertos. A denúncia é uma ferramenta importante e a execução de ações para punir os agressores deve ser realizada com mais responsabilidade. A oferta de políticas públicas educacionais para famílias também deve ser firmada com mais rigor pelo Poder Público. São gestos de carinho para as crianças que precisam contar, definitivamente, com seus direitos garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente.